… hoje celebramos a Restauração da Independência Nacional?
Recuemos até ao final da década de 70 do século XVI e relembremos que, após o desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, não existiam sucessores diretos ao trono. Foi necessária a escolha recair sobre o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, homem já de idade avançada que acabaria, também ele, por morrer sem deixar ou nomear um herdeiro ao trono.
Havia, desta forma, três possíveis sucessores ao trono português: Catarina de Bragança, António Prior do Crato e Filipe II de Espanha. Ora, como todos sabemos, apoiado pela nobreza e pelo alto clero português, será Filipe II, Primeiro de Portugal, a ascender ao trono nacional, dando início a um período de 60 anos em que Portugal e Castela, ainda que dois reinos distintos, estavam unidos pela mesma coroa.
Ora, nesse período, os interesses castelhanos foram sempre sendo sobrepostos aos portugueses. A perda de territórios ultramarinos, a progressiva degradação das condições de vida da população portuguesa, bem como a perda de direitos, inclusivamente, das camadas mais altas da sociedade (que, num primeiro momento, tinham apoiado a união dos dois reinos) foram criando um ambiente de crescente descontentamento, que culminaria numa revolução já nos finais do ano de 1640.
Desta forma, a 1 de dezembro de 1640, um grupo de revoltosos invadiu o Paço da Ribeira, em Lisboa, prendendo a Duquesa de Mântua (vice-rainha de Portugal, governando em nome do rei espanhol). No entanto, se a Duquesa era odiada, o seu Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos, mais o era. Contudo, no Paço da Ribeira, os revoltosos, não obstante muito procurarem, não o conseguiam encontrar… A verdade é que, apercebendo-se da invasão e consciencializando-se de que não teria hipóteses de se escapulir, o Secretário de Estado escondeu-se num armário. Quando, finalmente, o encontraram, assassinaram-no a tiro e atiraram-no pela janela.
Era momento de se aclamar um novo rei e é precisamente do balcão do Paço que o Duque de Bragança, futuro D. João IV, é aclamado rei de Portugal, dando início à nossa quarta, e última, dinastia real. Ainda que, do lado castelhano, o reconhecimento da nossa independência só chegasse em 1668, a verdade é que, desde o dia 1 de dezembro de 1640 e até à instauração da República, não mais Portugal perdeu a sua independência para uma coroa estrangeira.
Recuemos até ao final da década de 70 do século XVI e relembremos que, após o desaparecimento de D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, não existiam sucessores diretos ao trono. Foi necessária a escolha recair sobre o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, homem já de idade avançada que acabaria, também ele, por morrer sem deixar ou nomear um herdeiro ao trono.
Havia, desta forma, três possíveis sucessores ao trono português: Catarina de Bragança, António Prior do Crato e Filipe II de Espanha. Ora, como todos sabemos, apoiado pela nobreza e pelo alto clero português, será Filipe II, Primeiro de Portugal, a ascender ao trono nacional, dando início a um período de 60 anos em que Portugal e Castela, ainda que dois reinos distintos, estavam unidos pela mesma coroa.
Ora, nesse período, os interesses castelhanos foram sempre sendo sobrepostos aos portugueses. A perda de territórios ultramarinos, a progressiva degradação das condições de vida da população portuguesa, bem como a perda de direitos, inclusivamente, das camadas mais altas da sociedade (que, num primeiro momento, tinham apoiado a união dos dois reinos) foram criando um ambiente de crescente descontentamento, que culminaria numa revolução já nos finais do ano de 1640.
Desta forma, a 1 de dezembro de 1640, um grupo de revoltosos invadiu o Paço da Ribeira, em Lisboa, prendendo a Duquesa de Mântua (vice-rainha de Portugal, governando em nome do rei espanhol). No entanto, se a Duquesa era odiada, o seu Secretário de Estado, Miguel de Vasconcelos, mais o era. Contudo, no Paço da Ribeira, os revoltosos, não obstante muito procurarem, não o conseguiam encontrar… A verdade é que, apercebendo-se da invasão e consciencializando-se de que não teria hipóteses de se escapulir, o Secretário de Estado escondeu-se num armário. Quando, finalmente, o encontraram, assassinaram-no a tiro e atiraram-no pela janela.
Era momento de se aclamar um novo rei e é precisamente do balcão do Paço que o Duque de Bragança, futuro D. João IV, é aclamado rei de Portugal, dando início à nossa quarta, e última, dinastia real. Ainda que, do lado castelhano, o reconhecimento da nossa independência só chegasse em 1668, a verdade é que, desde o dia 1 de dezembro de 1640 e até à instauração da República, não mais Portugal perdeu a sua independência para uma coroa estrangeira.